sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

15 de Agosto - Movie time!

Acordámos e pedimos e informámos a recepção de que iríamos tomar o pequeno-almoço no quarto (decretámos que este dia seria de “total relax”).

De seguida fizemos as malas e pusemos de parte mais roupa para entregarmos às Missionárias da Caridade de Jaipur, onde fomos logo de seguida . Quando voltávamos das Missionárias passámos por um McDonald’s e pareceu-nos uma excelente ideia fazer um corte na degustação de cozinha indiana e permitir ao paladar um contacto com algo ocidental (dentro do possível, pois claro: o hambúrguer mais ocidental é o McChicken Maharaja e mesmo assim tem uma pequena dose de picante).

Quando saíamos do MacDonald’s reparámos que havia uma multidão que se dirigia para o Jag Mandir (um Cinema que o Lonely Planet descrevia como o ícone do Cinema Hindi): de imediato pensámos que uma sessão de cinema indiano seria a forma mais tradicional de passar um feriado nacional na Índia!

Após 1 hora de espera na fila para bilheteira (uma nota de atenção para as filas separadas de homens e mulheres… a malta não quer cá apalpões nem roça-roça no meio dos apertos, eheheh!), lá comprámos os bilhetes e entrámos no cinema mais piroso que já vi em toda a vida: quando ali entramos ficamos com a ideia de que estamos a entrar num bolo de noiva… chega a ser giro de tão piroso que é!

Fomos ver o “Aaj Kal – Love”, filme dentro do tipo piroso e em hindi (sem legendas em Inglês). A verdadeira experiência está à nossa volta: eles tiram fotografias, atendem o telemóvel, riem-se, peidam-se, cospem para o chão, falam com as pesonagens do filme, dançam… enfim, fazem de tudo um pouco durante o filme. A propósito: ADOREI o filme!

Quando saímos dali fomos até à estação confirmar o nº dos nossos lugares no comboio dessa noite. Depois regressámos ao Hotel, jantámos e fomos apanhar o comboio para Udaipur.

(Raj Mandir por fora)

(o cartaz do filme)

(interior do Jag Mandir)


(interior do Jag Mandir - pormenor)

(interior do Jag Mandir)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

14 de Agosto - return to Jaipur

(Jaipur - uma das portas da Cidade)


Chegámos a Jaipur às 5h da manhã e rumámos ao “Athiti’s”, onde já havíamos ficado na semana anterior. Resolvemos regressar a Jaipur para fazermos a ligação com Udaipur e porque nos pareceu uma cidade segura quando lá estivéramos anteriormente.

Fomos dormir e acordámos às 10h… um sono que me soube pela vida! De seguida tomámos um fantástico pequeno-almoço no terraço e fomos até à rua para eu comprar uma mala maior (pois… o consumismo das semanas anteriores a isso obrigou).

Já artilhado com uma mala maior, não me inibi de rumar com o Phill para o centro da cidade para fazermos mais compras. A partir da meia-noite celebra-se o aniversário de Krishna e o Dia da Independência, pelo que toda a cidade se encontrava repleta de cor, música e animação (e umas imagens do “Baby Krishna” que nos deram motivo para rir até hoje!)…

Como sempre, a sessão de compras terminou connosco a travar conhecimento com metade dos comerciantes de uma das ruas principais e tivemos oportunidade de conhecer o Vittorio (nome artístico) que é um pintor de arte Mogol e que nos convenceu a atravessar umas vielas manhosas com ele para nos ir mostrar o seu atelier (que ficava numa dependência minúscula ao cimo de um vão de escadas das traseiras de um prédio), onde pude comprar duas pinturas dele.

Quando anoiteceu voltámos a atravessar a Cidade para regressar ao Hotel, fomos jantar e dormir de seguida.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

13 de Agosto - A despedida de Jaisalmer e do deserto

Acordámos e, após um magnífico pequeno-almoço, fomos dar mais uma volta pela Cidadela de Jaisalmer (o local é encantador de tão pitoresco), aproveitando para visitar os magníficos Templos Jain.

Os templos são de uma minúcia arquitectónica soberba e é fenomenal pensar que ainda hoje são usados para o culto e oração (a paz reina lá dentro). Saídos do complexo de templos lá nos fomos estragar, uma vez mais, nas compras e, de seguida, fomos almoçar num terraço acolhedor com vista para a cidade e para o deserto.

De seguida fomos ao Hotel buscar as malas e rumámos à estação para comprar bolachas e seguir para o comboio. Uma vez instalados com as bagagens e a caminho Jaipur mordiscámos as ditas das bolachas e fomos dormir.

(templos Jain - pormenor)

(templos Jain - pormenor)

(templos Jain - pormenor)

(templos Jain - pormenor)

(templos Jain - pormenor)

(estão em todo o lado... nada a fazer!)

(templos Jain - pormenor)

(templos Jain - pormenor)

(templos Jain - pormenor)

(templos Jain - pormenor)

(templos Jain - pormenor)

(o terraço do restaurante em Jaisalmer)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

12 de Agosto - as magníficas cores do Tahar e de Jaisalmer

Acordei daquela que foi uma noite serena (com a excepção da mordidela de um escaravelho, que me deve ter confundido com uma das bolas de bosta com que andava atarefado). Tomámos um pequeno-almoço à moda do deserto e subimos para camelos, de volta às nossas andanças pelo Tahar.

Ao chegar a determinado ponto o nosso guia resolveu por os meus camelos a correr: o meu se importou nada e saiu disparado que nem um louco, atropelando o que quer que fosse que lhe aparecesse à frente. Como o do Phill vinha preso por uma corda à minha sela, teve que correr também, o que fez ressentir o estômago do Phill, que quando desceu do camelo estava um pouco enjoado (a tal ponto que enquanto eu almoçava ele teve que se afastar para vomitar).

A seguir ao almoço veio a típica sesta e, terminada esta, foram-nos buscar de carro e levaram-nos de volta ao Hotel, em Jaisalmer. Demos uma volta e fomos ao lago Gandisar, um local envolto na lenda da Prostituta que mandou construir um arco contra as ordens do Marajá, e fez valer a sua vontade por mandar construir a estátua de Krishna no topo deste, impedindo o marajá de o mandar destrui, devido ao seu zelo religioso.

O lago é um local mágico, repleto de serenidade, onde os transeuntes passeiam num ambiente de calma e paz e foi ali que presenciámos outro pôr-do-sol de uma beleza arrebatadora: parece que tudo à nossa volta explodia em tons de vermelho, desde o lago, às casa, passando pelas imagens de Ganesh.

Regressámos ao Hotel, onde conhecemos 3 rapazes portugueses que também andavam à aventura, jantámos no terraço e fomos dormir.

(o despertar dos camelos - Deserto do Tahar)

(o despertar do deserto)

(idem)

(o nosso pequeno-almoço)

(menina com rebanho - Deserto do Tahar)

(Cidadela de Jaisalmer)

(Vista panorâmica de Jaisalmer)

(pormenor de um dos páteos do Forte de Jaisalmer)

(rua de Jaisalmer)

(Cidadela de Jaisalmer)

(eles... de novo. Desta vez, em Jaisalmer)

(edifíco na margem do Lago Gandisar - Jaisalmer)

(Lago Gandisar - Jaisalmer)

(Lago Gandisar - Jaisalmer)

(edifício na margem do Lago Gandisar - Jaisalmer)

(Pôr-do-sol no Lago Gandisar - Jaisalmer)

(Pôr-do-sol no Lago Gandisar - Jaisalmer)

(pormenor do arco de acesso ao Lago Gandisar - Jaisalmer)

(Pôr-do-sol - Jaisalmer)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

11 de Agosto - Atravessando o Tahar

Despertámos cedo. Vesti a indumentária que tinha comprado no dia anterior de propósito para levar para o deserto, coloquei o turbante (sim… tinha turbante e tudo!) e encaminhámo-nos para o Jeep.


Seguimos estrada fora até ao deserto e à medida que íamos avançando o alcatrão ia ficando coberto de areia: o Tahar reclamava o seu espaço. A dada altura o nosso motorista para no meio do nada e leva-nos junto de dois guias, que nos aguardavam com três camelos (eles iriam partilhar um): começava ali o nosso safari no deserto!


Uma vez em cima dos camelos, lá seguimos nós pelo Tahar adentro: areia, sol, uma outra aldeia perdida, rebanhos e pastores: enfim, um cenário lindo. Perto da hora de almoço parámos debaixo de umas árvores e fomos presenteados com um repasto do deserto, a que se seguiu uma merecida sesta. Uma vez despertados lá seguimos caminho.


A meio do percurso lá encontrámos um poço (onde estavam duas moças com um olhar onde parecia caber o deserto): ora, o meu camelo era o mais agressivo e estava constantemente a morder no do Phill quando ele se aproximava para beber água (o que não era muito confortável, tendo em conta que estávamos montados neles…). Como se isso não bastasse, assim que saciou a sede saiu dali a correr (comigo às costas), deixando o restante grupo para trás: só parou quando encontrou uma árvore com uns rebentos que lhe pareceram apelativos.


Uma vez recomposto o grupo encaminhámo-nos para as dunas (até então tinha estado na parte rochosa do Tahar, que é um deserto bem diferente do cliché do Sahara em termos geológicos). Assim que chegámos às dunas os guias começaram a preparar a fogueira e o espaço para as mantas onde nos iríamos deitar para passar a noite (não houve cá tenda para ninguém, que isso é para meninos), enquanto nós subimos a uma duna para ver aquele que foi o entardecer mais bonito que vi até hoje.


É mágico: experimentei pela primeira vez a sensação de silêncio absoluto… pode dizer-se que é um silêncio ensurdecedor.À medida que a noite se ia aproximando esse silêncio era cortado pelos rebanhos de regresso a casa, conduzidos por seus pastores… estar naquele cenário carmim, fechar os olhos, sentir a areia macia e ouvir ao fundo o ruído das cabras e dos seus chocalhos foi uma sensação inefável. Algo tão bonito e tão forte que senti vontade de parar aquele momento no tempo e deixar-me ficar assim, sossegado.


De seguida descemos para o acampamento, onde jantámos com os nossos guias. Depois estendemo-nos sobre as mantas e deixámo-nos ficar a contemplar o céu mais estrelado que já vi até hoje. Uma vez mais, em silêncio absoluto. E assim adormecemos.



(estrada de Jaisalmer para o deserto do Tahar)


(o deserto a invadir a estrada)


(um autocarro com que nos cruzámos pelo caminho... carregado de passageiros no tejadilho)


(os nossos camelos!)


(rebanho de cabras - deserto do Tahar)


(paragem para beber água)


(mulheres rajput a encherem os potes de água... sim, no mesmo sítio onde o camelo enfiou as patas)


(o camelo a esfregar-se na areia, assim que lhe retirámos a sela... pelos vistos aquilo faz comichão!)


(dunas no Tahar)


(menina rajput junto a um poço)




(idem)

(início da disposição do nosso acampamento)




(rebanho no deserto do Tahar)



(entardecer no Tahar)



(idem... lindo, não é?)



(escaravelho... haviam tantos!!!)



(pôr-do-sol no Tahar... as saudades...)





(preparação do jantar)